Pagode
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Informações gerais |
Origens estilísticas |
Samba, Partido alto |
Contexto cultural |
Início da década de 1980, no Rio de Janeiro |
Instrumentos típicos |
Cavaquinho, banjo, tantã, repique de mão |
Popularidade |
Muito popular no Brasil. |
Subgêneros |
de raiz, comercial, romântico |
Cenas regionais |
Brasil |
O pagode é um gênero musical brasileiro originado na Cidade de Salvador, a partir da cena musical do samba dos fundos de quintais, muito comuns no subúrbio da cidade. Esta é a forma pejorativa e preconceituosa que esta palavra assumiu.[1]
Na verdade, o pagode não é exatamente um gênero musical. Pagode era o nome dado às festas que aconteciam nas senzalas e acabou tornando-se sinônimo de qualquer festa regada a alegria, bebida e cantoria. Prova de que o nome em nada tem a ver com o ritmo, é a música Pagode de Brasília gravada por Tião Carreiro em 1959, cuja roupagem em nada lembra nenhuma das variações do samba.[2]
O termo pagode, começou a ser usado como sinônimo de samba por causa de sambistas que se valiam deste nome pra suas festas, mas nunca o citaram como estilo musical.
Índice
[esconder]
- 1 Gênero
- 2 Grupos e cantores
- 2.1 Década de 1980
- 2.2 Década de 1990
- 2.3 Década de 2000
- 2.4 Década de 2010
- 3 Referências
- 4 Ligações externas
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[editar] Gênero
O pagode designa festas, reuniões para se compartilhar amizades, música, comida e bebida. Surge como celebração do samba em meados do século XIX e se consolida no século XX no Brasil. Mesmo antes já eram celebradas estas festas em senzalas de escravos negros e quilombos. Com a abolição da escravatura e fixação dos negros libertos no Brasil e que têm uma relação intrínseca com o sincretismo de religiões de origem africana, como o candomblé, a umbanda - o pagode se consolida com a necessidade de compartilhar e construir identidade de um povo recém liberto, e que precisa dar outra função ao corpo que até então é somente instrumento de trabalho. Por isso a relação estreita entre música e dança na cultura de origem africana, além do fato de ter a síncopa como principal característica da construção técnica-musical, derivada da percussão marcadora do ritmo brasileiro.
Antigamente, o pagode era considerado como festa de escravos na senzalas. No final da década de 1970, em São Paulo o termo passou a ser associado a festas em casas e quadras dos subúrbios paulistas, periferia paulistanas, regadas a bebida e com muito samba e com muito suingue. A palavra pagode no sentido corrente surgiu de festas em favelas e nos fundos de quintais paulistas que falavam sobre sentimentos (alegrias e tristezas) das pessoas que lá moravam. O pagode se popularizou mais no Rio de Janeiro.
O samba adquiriu diferentes formatos ao longo de várias décadas, entre os quais, "samba de breque", "samba-canção", "samba-enredo", "samba de partido-alto", "samba-puladinho", "samba sincopado", samba de gafieira, "samba de rancho", sambalanço, samba-rock, "samba de roda" e Samba-Reggae".
E após a década de 70, começaram a associar o nome pagode aos sambas feitos por grupos musicais, normalmente em músicas com temáticas românticas ou com versos de improviso. Porém o nome que melhor se aplicaria a estes seria o samba dolente e o partido alto.[1]
Nessa época foram introduzidos novos instrumentos principalmente pelo grupo Fundo de Quintal ao cenário do samba como: o repique de mão criado pelo músico Ubirany, o tantã (criado pelo músico e compositor Sereno) e o banjo com braço de cavaquinho (criado por Almir Guineto). Essa nova roupagem ajudou a firmar a idéia de que um novo ritmo surgia.[1]
Com o passar do tempo, o gênero passou a incorporar, às vezes, instrumentos como o teclado (como em "Parabéns Pra Você", do Fundo de Quintal) e na década de 1990, o pagode ganhou uma roupagem mais comercial, influenciado por outros gêneros como R&B e Soul[3], Samba-Rock[4], Funk carioca e Axé music[5] com grandes índices de vendagem.
a influência da música estrangeira estava presente não apenas na sonoridade mas também nas escolha das roupas e utilização de coreografias (presente em grupos americanos como The Temptations e The Stylistics)[6]
Grupos não só baianos, mas também paulistanos e cariocas tiveram um êxito, notadamente por tocarem um estilo mais romântico. Hoje, este pagode comercial convive com o de raiz, e ambos têm sucesso comercial no Brasil.
Grupos e cantores
Década de 1980
Nome/Grupo | Liderado | Estado |
Arlindo Cruz (1º álbum solo em 1993) |
carreira Solo |
Rio de Janeiro |
Almir Guineto (1º álbum solo em 1981) |
carreira Solo |
Rio de Janeiro |
Art Final (1º álbum em 1987) |
Baianinho |
São Paulo |
Beth Carvalho (1º álbum solo em 1969) |
carreira Solo |
Rio de Janeiro |
Fundo de Quintal (1º álbum em 1980)* |
carreira Solo |
Rio de Janeiro |
Grupo Cravo e Canela (1º álbum em 1989) |
Nenê da Timba |
São Paulo |
Grupo Raça (1º álbum em 1987) |
Délcio Luiz |
Rio de Janeiro |
JB Samba (1º álbum em 1988) |
Ruy Humberto |
São Paulo |
Jorge Aragão (1º álbum solo em 1982) |
carreira Solo |
Rio de Janeiro |
Leci Brandão (1º álbum solo em 1975) |
carreira Solo |
Rio de Janeiro |
Sombrinha (1º álbum solo em 1993) |
carreira Solo |
Rio de Janeiro |
Só Preto sem Preconceito |
Paulinho |
Rio de Janeiro |
Zeca Pagodinho (1º álbum solo em 1986) |
carreira Solo |
Rio de Janeiro |
Década de 1990
Nome/Grupo | Liderado | Estado |
Adryana Ribeiro (1º álbum solo em 1995) |
carreira Solo |
São Paulo |
Art Popular (1º álbum em 1993) |
Leandro Lehart e Márcio Art |
São Paulo |
Bala, Bombom e Chocolate (1º álbum em 1999) |
Michel Walacy |
Rio de Janeiro |
Banda Brasil |
??? |
??? |
Boka Loka (1º álbum em 1997) |
Renatinho |
Rio de Janeiro |
Casa Nossa |
??? |
São Paulo |
Cor da Pele (1º álbum em 1998)) |
Aldino |
São Paulo |
Da Melhor Qualidade (1 álbum em 1999) |
Cleverson |
São Paulo |
Dudu Nobre (1º álbum em 1999) |
carreira Solo |
Rio de Janeiro |
Exaltasamba (1º álbum em 1992) |
Péricles e Chrigor |
São Paulo |
Gera Samba (1º álbum em 1990) |
Compadre Washington |
Bahia |
Grupo 100% |
Flavinho Silva |
Rio de Janeiro |
Grupo Desejos (1º álbum em 1998) |
Márcio Duarte (irmão gêmeo de Vavá) |
São Paulo |
Grupo Gamação |
??? |
São Paulo |
Grupo Intuição |
??? |
São Paulo |
Grupo Malicia |
Wilsinho |
São Paulo |
Grupo Matéria Prima |
Hugo |
??? |
Grupo Pixote (1º álbum em 1995) |
Dodo |
São Paulo |
Grupo Reliquia |
??? |
São Paulo |
Grupo Revelação (1º álbum em 1999) |
Xande de Pilares |
Rio de Janeiro |
Grupo Sampa |
Douglas Sampa |
São Paulo |
Grupo Sem Compromisso |
Marcelinho |
São Paulo |
Grupo Sensação |
Marquinhos |
São Paulo |
Grupo Soweto (1º álbum em 1996) |
Belo |
São Paulo |
Grupo Tempero |
Zinho |
São Paulo |
Grupo União |
??? |
São Paulo |
Harmonia do Samba (1º álbum em 1999) |
Xanddy |
Bahia |
Juventude S/A |
Luciano |
São Paulo |
Kaô do Samba (1º álbum em 1999) |
Eduardo Sodré |
Bahia |
Karametade (1º álbum em 1997) |
Vavá |
São Paulo |
Katinguelê (1º álbum em 1992) |
Salgadinho |
São Paulo |
Kiloucura |
Délcio Luiz |
Rio de Janeiro |
Molejo (1º álbum em 1994) |
Anderson Leonardo |
Rio de Janeiro |
Negritude Júnior (1º álbum em 1992) |
Netinho de Paula |
São Paulo |
Os Morenos (1º álbum em 1995) |
Waguinho |
Rio de Janeiro |
Os Travessos (1º álbum em 1998) |
Rodriguinho |
São Paulo |
Pagode do Dorinho |
Kléber e Everton Dornelles |
Rio Grande do Sul |
Pique Novo (1º álbum em 1997) |
Liomar |
Rio de Janeiro |
Razão Brasileira |
Paulinho Razão |
São Paulo |
Raça Negra (1º álbum em 1991) |
Luiz Carlos |
São Paulo |
Swing & Simpatia (1º álbum em 1995) |
Luciano Becker |
Rio de Janeiro |
Só No Sapatinho (1º álbum em 1999) |
Bruno de Sá Coimbra (filho do ex-jogador Zico) |
Rio de Janeiro |
Só pra Contrariar (1º álbum em 1993) |
Alexandre Pires |
Minas Gerais |
Terra Samba (1º álbum em 1995) |
Reynaldo Nascimento |
Bahia |
Toke Divinal |
Diney |
São Paulo |
Um Toque A MAis |
??? |
São Paulo |
É o Tchan! (1º álbum em 1995) |
Beto Jamaica e Compadre Washington |
Bahia |
[editar] Década de 2000
Nome/Grupo | Liderado | Estado |
Adryana e a Rapaziada (existente entre 2000 à 2003) |
Adryana Ribeiro |
São Paulo |
Alexandre Pires (1º álbum solo em 2001) |
carreira Solo |
Minas Gerais |
Belo (1º álbum solo em 2000) |
carreira Solo |
São Paulo |
Cupim na Mesa (1° álbum em 2009) |
André Marinho |
São Paulo |
Chrigor (1º álbum solo em 2004) |
carreira Solo |
São Paulo |
Diogo Nogueira (filho de João Nogueira, seu 1º álbum solo em 2007) |
carreira Solo |
Rio de Janeiro |
Doce Encontro (1º álbum em 2005) |
Eder |
São Paulo |
Fino Trato (1º álbum em 2007) |
Negreti |
São Paulo |
Grupo Bom Gosto (1º álbum em 2007) |
Fabio B'ça e Thiago |
Rio de Janeiro |
Grupo Constelação (1º álbum em 2007) |
Carlinhos Prelle, Alexandre Aragon |
Rio Grande do Sul |
Grupo Mais Astral (1º álbum em 2004) |
Bruno |
Espírito Santo |
Grupo Nuwance (1º álbum em 2008) |
Lito |
São Paulo |
Grupo Sem Abuso (1º álbum em 2006) |
Cesinha |
Santa Catarina |
Grupo Senzala (1º álbum em 2003) |
Kadinho Motta |
Rio Grande do Sul |
Grupo Zueira (1º álbum em 2009, part. no Concurso Nacional de Pagode) |
Léonards |
Rio Grande do Sul |
Gustavo Lins (1º álbum solo em 2003) |
carreira Solo |
Rio de Janeiro |
Inimigos da HP (1º álbum em 2001) |
Sebá |
São Paulo |
Irradia Samba (1º álbum em 2003) |
Sandro |
Minas Gerais |
Jeito Moleque (1º álbum em 2003) |
Bruno Diegues |
São Paulo |
Louca Sedução (1º álbum em 2000) |
Lelê |
Rio Grande do Sul |
Netinho de Paula (1º álbum solo em 2001) |
carreira Solo |
São Paulo |
Os Mulekes (1º álbum em 2002) |
Marcio |
Rio de Janeiro |
Rodriguinho (1º álbum solo em 2004) |
carreira Solo |
São Paulo |
Samba Tri (1º álbum em 2004, participação de Ronaldinho Gaúcho) |
Gustavo Martins |
Rio Grande do Sul |
Samprazer (1º álbum em 2006) |
Billy SP |
São Paulo |
Se Ativa (1º álbum em 2003) |
Filipe Melara |
Rio Grande do Sul |
Sociedade do Samba (1º álbum em 2000) |
Renatinho |
Rio de Janeiro |
Sorriso Maroto (1º álbum em 2001) |
Bruno Cardoso |
Rio de Janeiro |
Sou Muleque (1º álbum em 2009) |
Thiago |
São Paulo |
Turma do Pagode (1º álbum em 2001) |
Leíz |
São Paulo |
[editar] Década de 2010
Nome/Grupo | Liderado | Estado |
Grupo Apogeu |
??? |
Espírito Santo |
Grupo Malemolencia |
Markim Paiva |
Minas Gerais |
Grupo Mazuquê |
Anexo Produções |
São Paulo |
Grupo Pagodation |
Acassio Barbosa |
Pernambuco |
Intuisamba |
Alessandro e Lucas Bica |
Rio Grande do Sul |
Na Hora H |
Vitinho |
São Paulo |
Pele Morena |
??? |
Espírito Santo |
Samba Pra Gente |
Rogério e Jorgynho Chinna |
Rio de Janeiro |
Sem Malícia |
Dalton |
São Paulo |
Referências
- ↑ a b c Carlos Alberto M. Pereira. Cacique de Ramos: uma história que deu samba. [S.l.]: Editora E-papers, 2003. 8587922580, 9788587922588
- ↑ Rui Torneze. Cancioneiro de viola caipira, Volume 2. [S.l.]: Irmãos Vitale, 2004. 10 p. 8574071889, 9788574071886
- ↑ O soul deu samba (em português). Revista Veja Edição 2140. Editora Abril (25 de novembro de 2009). Página visitada em 11/01/2010.
- ↑ Pagode (em português). site Clique Música. Página visitada em 11/01/2010.
- ↑ Mauricinhos do pagode (em português). Revista Veja Edição 1913. Editora Abril (13 de julho de 2005). Página visitada em 14/01/2010.
- ↑ Renato Roschel. Pagode. Almanaque da Folha.
[editar] Ligações externas
[Esconder]
Samba |
Subgêneros |
Bossa nova · Pagode · Partido-alto · Samba-batido · Samba de breque · Samba-canção · Samba-chulado · Samba-corrido · Samba-enredo · Samba-exaltação · Samba-raiado · Samba de roda · Samba de terreiro |
Gêneros de fusão |
Samba-choro · Samba-funk · Samba de gafieira · Sambalanço · Samba jazz · Samba-maxixe · Samba-rap · Samba-reggae · Samba-rock · Sambalada · Sambolero |
Artistas |
Grupos de samba · Intérpretes de samba · Compositores de samba · Intérpretes de samba-enredo |
Tópicos |
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